As 10
Perguntas da Semana
Entrevistado:
Humberto Gimenes Branco (Vice Presidente APPA)
1. O que faz?
Sou sócio de empresas de consultoria
estratégica e participações em negócios. Formei-me em administração, tenho
mestrado na área de Politica e Relações Internacionais.
2.
Como Foi o Primeiro Contato Com
aviação?
Meu primeiro contato com a aviação
foi na grade e terraço de aeroportos, olhando para o céu atrás de aviões, lendo
os artigos do saudoso Fernando Almeida, tentando entrar em cabines, enfim, como
todo mundo que ama esse mundo não me lembro precisamente desde quando adoro a
aviação. Acho que desde sempre.
3.
Qual a maior Loucura que fez pela
aviação?
Não me lembro de nenhuma loucura
feita por aviação. Talvez a decisão mais complexa que tomei um dia por causa da
aviação foi comprar meu primeiro avião, algo que fui amadurecendo por alguns
anos, até que tive a oportunidade. Apesar de todas as complicações, custos
abusivos, problemas e mais problemas que enfrentamos todos os dias para usar um
pequeno avião a negócios e a lazer, não me arrependo. Voar é maravilhoso.
4.
Um Lugar que Foi de avião?
Eu sou muito cauteloso e paciente no meu
processo de aprendizado com a aviação. Vou aumentando gradualmente as
distâncias percorridas, na medida em que aprendo. O litoral é sempre muito
bonito assim como o interior de Minas Gerais. Mas em todo o voo, mesmo em rotas
mais usuais, sempre vemos belezas novas, detalhes que não tínhamos visto nos
voos anteriores. Enfim, cada voo é um voo, com suas belezas particulares.
5.
O avião dos Sonhos?
Meu avião dos sonhos é um TBM-850. Meu avião
que me faz realizar sonhos hoje é o que tenho, um maravilhoso EMB-712 Tupi.
6.
Se pudesse mudar ou fazer uma única
coisa para melhorar a aviação. Que faria?
Reuniria
decisores da ANAC, SAC e DECEA, realmente comprometidos em fazer mudanças para
recolocar a aviação brasileira nos trilhos e desse encontro sairia com um
pequeno plano com 5 grandes alterações no jeito da aviação brasileira
funcionar, que seriam implantadas imediatamente. Poucas mudanças de filosofia
poderiam fazer grandes diferenças tanto na funcionalidade quanto na segurança
da aviação no Brasil. O Brasil saiu dos trilhos, ficou para trás
tecnologicamente e normativamente. Mas poucas mudanças fariam a diferença.
7.
Uma pane ou perigo que passou?
Voando com um amigo no comando passei
um aperto decorrente de uma aproximação desestabilizada, numa pequena pista de
cascalho. Não aconteceu nada, arremetemos. Mas hoje eu sei que aquele risco
poderia ser totalmente evitado se tanto ele quanto eu conhecêssemos claramente
o conceito de aproximação estabilizada e tivéssemos arremetido muito antes do
que fizemos.
8.
Quem te ajudou na aviação?
Meus instrutores me ajudaram muito. Sou grato
a todos eles. Cronologicamente, o Julinho, do Aeroclube Politécnico de
Planadores, foi quem me ensinou a voar, de planadores e quem me
"solou". O Cmte. Viggo Thisted me deu uma dica, num dia específico,
que me fez entender como pousar. O Fernandes, chefe da Instrução do Aeroclube
de Jundiaí, é uma pessoa que me ajudou e me ajuda muito. O Cmte. Miguel Ângelo,
hoje na Gol, é outra pessoa que me instruiu e me deu acesso a um monte de
conhecimentos que jamais teria sem a generosidade dele. Acabamos escrevendo um
livro juntos, sobre Segurança na Aviação Geral. Além deles, não posso deixar de
mencionar o Marcão, diretor do Aeroclube de Jundiaí, que me orientou a comprar
meu avião e que é meu anjo da guarda em todos os assuntos técnicos, o Samuel,
também do Aeroclube, que cuida do meu avião como se fosse dele. O Cmte
Sucupira, Presidente da APPA, é um sábio, amigo, que me fez entender e abriu as
portas para o mundo institucional da aviação. Enfim, tem um monte de gente a
quem sou grato e que admiro muito. A Aviação é um meio maravilhoso para se
fazer ótimos amigos.
9.
Quem foi sua inspiração na aviação?
Não sei dizer quem poderia ser a
minha inspiração na aviação. É um misto de todas essas pessoas com quem me
relaciono e busco aprender.
10.
Sua rota preferida?
A minha rota preferida é a próxima.
Não importa para onde. O negócio é voar.
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