segunda-feira, 31 de março de 2014

As 10 perguntas da semana # 8



As 10 Perguntas da Semana



Entrevistado:  Pedro Lang

1.     O que faz?

Atualmente trabalho como piloto, professor na parte do curso teórico de piloto privado, e gestor de segurança operacional em um aeroclube aqui do Rio Grande.

2.     Como Foi o Primeiro Contato Com aviação?

Desde muito novo. Com 3 anos de idade fiz meu primeiro voo, com o velho CAP-4 Paulistinha de propriedade de meu tio (Nestor), o qual me teu total apoio daí em diante, me levando sempre que possível a voar.

3.     Qual a maior Loucura que fez pela aviação?

Já fiz muitas “peripécias” pela aviação, entre elas embarcar em um ônibus com apenas 12/13 anos para ir a uma cidade na qual eu pudesse voar “pilotando”, foi ai definitivamente comecei a ver que era isto mesmo que eu queria para o resto da vida, a cidade é Palmeira das Missões-RS onde voei o saudoso Planador BLANIK L-13 do aeroclube até completar 16 anos.

4.     Um Lugar que Foi de avião?

Atualmente já conheço os 4 cantos do Brasil, Mas um lugar que vai me marcar é a minha própria cidade natal (Panambi-RS), pois onde nunca existiu um aeroporto registrado ou homologado, apenas aviões agrícolas e experimentais. Nunca mais me esquecerei da primeira vez onde pousei lá, pois a pista na qual desde muito pequeno eu visitava diariamente, via os aviões pousando e decolando e já imaginava, será que um dia pousarei aqui? Tive a oportunidade de nela operar antes de ser interditada.

5.     O avião dos Sonhos?

Se for pra sonhar, por que apenas um avião? Meu sonho é de futuramente adquirir o saudoso Paulistinha e o clássico Bonanza 35.

6.     Se pudesse mudar ou fazer uma única coisa para melhorar a aviação. Que faria?

Mudaria o pensamento de algumas pessoas, aquelas imediatistas, que acham e querem que tudo aconteça rápido, se formar em um piscar de olhos e já entrar para uma companhia ou aviação agrícola. Vejo que a aviação não funciona assim, já perdi muitos amigos por este fato, onde se formaram tão rápido a ponto de não aprender o básico, que pra mim o básico é o psicológico onde vamos amadurecendo com o passar do tempo e horas de conversas com pilotos experientes.

7.     Uma pane ou perigo que passou?

Já tive alguns sustos, como apagar o motor na curta final (Bonanza) onde eu chegava da “IAM”( A bomba de combustível estava com a pressão muito baixa), felizmente cheguei na pista. E também um “FLUTTER” na cauda em um voo de translado de MG/RS, trazendo uma aeronave zero de fábrica. Na vertical de Umuarama-PR a mola do compensador se soltou fazendo ele entrar em ressonância e vibrando toda empenagem, na hora reduzi o motor e coloquei nariz em cima para reduzir a velocidade(a qual estava em cruzeiro), próximo a velocidade de stol a vibração muito forte parou e trouxe para o pouso em Umuarama mesmo. A asa mudou seu ângulo  diedro devido a forte vibração.

8.     Quem te ensinou mais na aviação?

Acho que não houve quem me ensinou mais, mas sim aqueles que me deram oportunidade para com que eu pudesse aprender o pouco que sei hoje. Primeiramente meu tio que desde muito cedo me apresentou a aviação, o mecânico Valdelirio com quem muito aprendi sobre motores e estruturas,  Os instrutores dos aeroclubes que passei, tanto de Planador como de avião, os amigos que fui adquirindo com o tempo em diversos lugares do Brasil, e aqueles que em mim confiaram e deram a oportunidade de ceder as suas aeronaves para com que em pudesse aprender ainda mais.

9.     Quem foi sua inspiração na aviação?

Meu tio Nestor, mesmo ele usando a aviação apenas como hobby.

10.                        Sua rota preferida?

SSWF(Frederico Westphalen) – SDAM(Campinas-SP), Pois ai vejo que sou capaz de sair da calmaria do interior até o fervo das grandes cidades.

BONUS: Infelizmente logo após iniciar o curso de piloto privado 16/17 anos tive um problema de disfunção de alguns órgãos vitais. Acabei entrando em coma e ficando hospitalizado por algum tempo, emagreci 20kg, fazendo com que eu ficasse alguns meses em tratamento até poder retornar aos voos, naquela época eu estava com aproximadamente 15 horas de voo na aeronave Aero Boero, eu estava muito feliz pois tudo estava ocorrendo como imaginava. Porém enquanto eu estava deitado na cama do hospital e escutava as aeronaves passando por cima, me vinha na cabeça, será que um dia vou voltar a voar? Foram dias muito complicados pra mim, mas logo que me recuperei, voltei ao aeroclube e uma semana depois La estava eu, com 18 horas e solo.  Desejo a todos muito sucesso, e persistam neste sonho, pois garanto a vocês que vale a pena. Abraço

O Blog FlySkyfsh Fica muito honrado com a participacao do Cmte. Pedro Lang, e desejamos bons voos sempre!  Curtiu compartilhe nas redes sociais, deixe seu comentario. Gostaria de participar tambem entre em contato no face
Obrigado por sua leitura e boa semana!

segunda-feira, 24 de março de 2014

As 10 perguntas da semana # 7




Entrevistado: Josué Andrade







1.     O que faz?

Diretor da EJ Escola de Aeronáutica Civil.

2.     Como Foi o Primeiro Contato Com aviação?

Aos 12 anos de idade no Aeroclube de Itápolis, quando comecei trabalhar como ajudante na oficina de aeronaves.

3.     Qual a maior Loucura que fez pela aviação?

Nunca fiz loucura pela aviação, sempre foi de forma natural que as coisas aconteceram.

4.     Um Lugar que Foi de avião?

Fui pescar no Mato Grosso quando comprei meu primeiro avião, um Corisco Turbo PT-RZD.

5.     O avião dos Sonhos?

Um Cessna anfíbio para pousar na água em frente minha casa que pretendo ter um dia.

6.     Se pudesse mudar ou fazer uma única coisa para melhorar a aviação. Que faria?

Eu trocaria o DCEA por uma empresa competente e experiente para organizar o tráfego aéreo no Brasil.

7.     Uma pane ou perigo que passou?

Tive um acidente com o T-19 na década de 80 em Ponta Grossa, não aconteceu nada grave comigo, mas meu parceiro se machucou bem e a aeronave deu perda total.

8.     Quem te ensinou mais na aviação?

Tive muito bons mestres, entre eles destaco o saudoso professor Cid Blanco.

9.     Quem foi sua inspiração na aviação?

Minha inspiração foi meu sócio Cmte. Edmir, quando era garoto, admirava o trabalho dele como comandante da Vasp e voos no aeroclube com a turma da acrobacia.

10.   Sua rota preferida?

Ponte aérea São Paulo Rio, fiz esta rota por 4 anos e nunca me cansei, o voo é sensacional.

 Agradecemos ao Cmte Josué Andrade, por sua participacao no nosso blog. Nosso muito obrigado. Esperamos que voces meus amigos, que estam lendo e seguindo as postagens, possam compartilhar e porque nao participar de nosso Hangar Virtual.
Em breve vamos para Experiencia de 2 voos da Gol .

segunda-feira, 17 de março de 2014

O Computador de voo



Computador de voo e' uma ferramenta muito importante para o Curso de PP/PC Avião e Helicóptero.
 A maioria dos leitores conhecem bem os computadores de voo mais também temos alguns leitores que não esta voando ainda, e esse post e' para a nova turma de aviadores que passam no nosso blog. 


Existem vários computadores de voo, eles podem ser de metal, papelão, ou PVC.
O preço muda mais de 100% de um modelo para outro. O que vai determinar seu investimento possível e o quanto você vai ter cuidado com o seu e' seu bolso.
Vamos lá um computador de voo papelão da jeppesen não pode ser armazenado sem cuidado. Ele já vem sem capa, seria um básico do básico, pode dobrar rasgar, molhar e sua parte plastificada pode perder a forma por alta temperatura. Não estou dizendo para você não ter um computador de papelão, mais ele requer cuidados especiais. 

Agora temos o computador de PVC acredito que o único disponível no mercado em português. Existem também versões antigas da jeppesen e Sanderson em PVC. O PVC em português pode custar quase o preço de um de metal nas promoções da vida, porem tem os mesmo problemas do de papelão, quebra e pode ficar ondulado ou descalibrado com alta temperatura.  Eu mesmo perdi um computador de pvc esquecido em um carro no verão. Voltando a falar sobre o idioma, o inglês e o idioma oficial da aviação por isso e bom perder o preconceito e aprender e acostumar com o inglês, o computador de voo já e um bom treino para isso. Sobre os computadores de PVC também existem os computadores Circular, esse fazem os mesmo cálculos do de régua e também são aceitos pela ANAC. Vejam fotos de um computador circular. 



Por ultimo o computador de metal, o mais famoso e’ o da Jeppesen, esse e’ para durar para sempre. Eu tenho computadores de voo de 1960 em perfeito estado.  O Computador de voo de metal e muito mais preciso, quase todos tem sua capa, e são muito resistentes.
A Jeppesen já fabricou seus computadores nos EUA, México, Korean e hoje fabrica na China. Por algum motivo, a qualidade de acabamento ficou bastante comprometida com nova fabrica na china. Uma diferença visível nessa foto, temos um computador Korea e outro China, da para ver no centro do disco essa parte plástica preta, faz toda a diferença de qualidade e precisão. Já troquei alguns e-mails com a Jeppesen, mas eles não têm uma resposta sobre o assunto e não tem previsão de reformar o computador de voo. Sendo assim as pessoas que podem pagar um pouco mais pelo modelo Coreano tem uma relíquia em casa, e os que têm o modelo americano ou mais antigo, podem guardar com carinho porque e muito difícil de achar hoje em dia.  Algumas fotos de raridades de computadores de voo.



Você não vai deixar de passar na banca por diferenças mínimas de cálculos, mais realmente existem folgas nos novos computadores de metal jeppesen. O importante e você ter seu computador de voo. Seja ele qual for!
Vale lembrar que A FAA não usa mais os computadores de voo de régua, e sim os computadores de voo eletrônicos, proibidos por nossa ANAC.  Vivemos os impasses da ANAC, com cobranças de Papeis de rota ar, onde temos os eletrônicos muito mais atualizados e confiáveis. Mas entramos em outro assunto. Vamos focar esse post nos computadores de voo. Você quer ser Piloto, despachante, vai ter que ter um computador de voo para prestar a banca e estudar. Agora e só escolher o seu modelo, você já conhece um pouco dos computadores das fotos, lembre-se de confirmar se a régua e de alta e baixa velocidade para você ter um único computador para o PP e PC.
Para os que ainda não tem seu computador eu recomendo passar na SkyFish e olhar nossas ofertas, La voce ainda acha Made in Korea novo, se tiver interesse em computadores de voo usados, também temos vários modelos para venda fora do site.  Mande uma mensagem no nosso site que te mandamos informação sobre nossos produtos usados. Quem ainda vai estudar o PP por conta própria recomendo o livro de Navegação do Titus Ross.  A venda também na SkyFish.

domingo, 16 de março de 2014

As 10 perguntas da semana # 6



Entrevistado: Pedro Buta



1.  O que faz?

Sou piloto privado de avião, em fase de cheque de piloto comercial/monomotor/IFR.

2. Como Foi o Primeiro Contato Com aviação?

Quando bebê. Meu pai é formado em Odontologia, após a graduação, entrou como Oficial Dentista da Força Aérea Brasileira, então cresci em bases aéreas, morando em apartamentos e casas funcionais da Aeronáutica, voando pelo CAN (Correio Aéreo Nacional), convivendo com amigos de infância filhos de pilotos e seus pais.

3. Qual a maior Loucura que fez pela aviação?

Acredito que foi me apaixonar por ela, por não ter condição de pagar as horas de voo de uma vez só, me dediquei e passei na primeira bolsa da ANAC, em 2008, fui só morar no alojamento do Aeroclube de Caxias do Sul, me formei o primeiro PP da bolsa, depois as loucuras seguiram, fui voar em Araraquara, depois Rio.

4. Um Lugar que Foi de avião?

Tantos, mas acredito que o mais inóspito e distante da civilização, apesar de já ter feito viagens pra locais mais distantes, foi o Primeiro Pelotão de Fronteira, situado em Palmeiras do Javari, um distrito de Benjamin Constant na divisa do estado do Amazonas com o Peru.

5.  O avião dos Sonhos?

O clássico MD-11, sempre fui encantado com seu formato, com a disposição dos motores e claro, com o tamanho.

6. Se pudesse mudar ou fazer uma única coisa para melhorar a aviação. Que faria?

Acabaria com o Oligopólio de linhas aéreas existentes no Brasil.

7.  Uma pane ou perigo que passou?

Fazendo o translado de um Cessna 150, de Garanhuns em PE pra Maricá no RJ passei por três panes durante as pernas, as duas primeiras não afetaram o Grupo Motopropulsor em si.

Depois de autorizado pela Torre Salvador a iniciar a corrida de decolagem, tive uma pane de rádio, não recebia mais e não sabia se estavam me escutando. Acionei o código transponder de falha de comunicação, 7600 e segui pelo corredor visual conforme o plano apresentado, na proa de Ilhéus, coordenando de tempos em tempos minha posição, como era área controlada, na frequência do APP Salvador. Ao me aproximar de Ilhéus, chamei na frequência da Rádio de lá. Entrei no circuito balançando as asas, base, final e pousei, livrei no pátio do aeroclube, ao desembarcar fiquei sabendo que todos me escutavam, que um voo da Gol tinha feito uma espera por causa da minha aproximação, pousou logo após, e que no pátio do terminal do aeroporto haviam montado um grande esquema com bombeiros e ambulâncias, fiquei pelo aeroclube mesmo, onde sanaram a pane do rádio.
No dia seguinte segui pra Porto Seguro, ao decolar de lá pra Vitória, outra surpresa, a tampa de inspeção do motor perdeu as borboletas e ficou batendo com muita força, com risco de se soltar e acontecer algo pior, pousei em uma pista particular na costa da Bahia, sanei o problema e segui. A última pane foi mais séria, no último dia, última decolagem, de Macaé, RJ, pra Maricá, ao fazer o cheque do motor no ponto de espera, os parâmetros mínimos não estavam dentro do padrão, fiz e refiz o cheque várias vezes, abortei a missão e retornei ao pátio. Terminei a viagem de ônibus, após a inspeção dos mecânicos do Aeroclube de Maricá, que foram buscar a aeronave dias depois, uma válvula de admissão havia travado aberta. Fica a dica para o tamanho da importância dos cheques e da atenção que tem que se dar a eles.

8. Quem te ensinou mais na aviação?

Seria até injusto eu nomear uma pessoa apenas que tenha me ensinado, pois já tive vários professores e instrutores excepcionais, alguns dinossauros  como Walkir Barros de Souza, mestre da meteorologia, o Cmte. Douglas Machado, Diretor da White Jets, especialista em Segurança de voo e “famoso” por seus depoimentos nos programas de desastres aéreos no Discovery e NatGeo, assim como Ronaldo Jenkis, Marcus Reis. Todos jurássicos na aviação.
Sobre os instrutores de voo, sempre aprendo muito com cada um, mas acredito que a experiência que mais me fez aprender foi ter sido Coordenador de Operações na extinta TEAM Brasil Linhas Aéreas, no Rio de Janeiro, ali sim convivi com o dia a dia operacional de uma empresa, com as obrigações, principalmente da parte operacional e com os Cmtes. do lugar, dois Brigadeiros e cinco Coronéis da reserva da FAB que me ensinaram demais.

9. Quem foi sua inspiração na aviação?

Sem dúvida, o pai do voo do mais pesado que o ar. Santos Dumont, inventor não só do avião mas, de vários utensílios que utilizamos hoje em dia, como o chuveiro e o relógio de pulso. Dou-me a liberdade de citar um grande cara de hoje em dia, o Cmte. Gerard Moss, com sua garra e seus trabalhos socioambientais.

10. Sua rota preferida?

SBGO – SBBR, Goiânia, onde moro, cidade da minha família paterna, os Vaz Parente, pra Brasília, onde nasci e fui criado, passando sobre Anápolis, cidade da minha família materna, os Buta.


Autor da imagem do MD-11 Vasp Aero Icarus 
Retirada do site Wickmedias
Agradecemos o Pedro Buta por sua entrevista! 


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Ficamos honrados com sua leitura.
Na próxima semana 10 perguntas com Diretor da EJ Josué Andrade.
Em breve Comparação entre computadores de voo.