Entrevistado:
Pedro Buta
1. O que faz?
Sou piloto privado de avião, em fase de cheque de piloto comercial/monomotor/IFR.
Sou piloto privado de avião, em fase de cheque de piloto comercial/monomotor/IFR.
2. Como Foi o Primeiro Contato Com
aviação?
Quando bebê. Meu pai é formado em Odontologia, após a graduação, entrou como Oficial Dentista da Força Aérea Brasileira, então cresci em bases aéreas, morando em apartamentos e casas funcionais da Aeronáutica, voando pelo CAN (Correio Aéreo Nacional), convivendo com amigos de infância filhos de pilotos e seus pais.
3. Qual a maior Loucura que fez pela
aviação?
Acredito que foi me apaixonar por ela, por não
ter condição de pagar as horas de voo de uma vez só, me dediquei e passei na
primeira bolsa da ANAC, em 2008, fui só morar no alojamento do Aeroclube de
Caxias do Sul, me formei o primeiro PP da bolsa, depois as loucuras seguiram,
fui voar em Araraquara, depois Rio.
4.
Um Lugar que Foi de avião?
Tantos, mas acredito que o mais inóspito e distante
da civilização, apesar de já ter feito viagens pra locais mais distantes, foi o
Primeiro Pelotão de Fronteira, situado em Palmeiras do Javari, um distrito de
Benjamin Constant na divisa do estado do Amazonas com o Peru.
5.
O avião dos Sonhos?
O clássico MD-11, sempre fui encantado com seu
formato, com a disposição dos motores e claro, com o tamanho.
6. Se pudesse mudar ou fazer uma única
coisa para melhorar a aviação. Que faria?
Acabaria com o Oligopólio de linhas aéreas existentes no Brasil.
Acabaria com o Oligopólio de linhas aéreas existentes no Brasil.
7.
Uma pane ou perigo que passou?
Fazendo o translado de um Cessna 150, de Garanhuns em PE pra Maricá no RJ passei por três panes durante as pernas, as duas primeiras não afetaram o Grupo Motopropulsor em si.
Depois de autorizado pela Torre Salvador a iniciar a corrida de decolagem, tive uma pane de rádio, não recebia mais e não sabia se estavam me escutando. Acionei o código transponder de falha de comunicação, 7600 e segui pelo corredor visual conforme o plano apresentado, na proa de Ilhéus, coordenando de tempos em tempos minha posição, como era área controlada, na frequência do APP Salvador. Ao me aproximar de Ilhéus, chamei na frequência da Rádio de lá. Entrei no circuito balançando as asas, base, final e pousei, livrei no pátio do aeroclube, ao desembarcar fiquei sabendo que todos me escutavam, que um voo da Gol tinha feito uma espera por causa da minha aproximação, pousou logo após, e que no pátio do terminal do aeroporto haviam montado um grande esquema com bombeiros e ambulâncias, fiquei pelo aeroclube mesmo, onde sanaram a pane do rádio.
Fazendo o translado de um Cessna 150, de Garanhuns em PE pra Maricá no RJ passei por três panes durante as pernas, as duas primeiras não afetaram o Grupo Motopropulsor em si.
Depois de autorizado pela Torre Salvador a iniciar a corrida de decolagem, tive uma pane de rádio, não recebia mais e não sabia se estavam me escutando. Acionei o código transponder de falha de comunicação, 7600 e segui pelo corredor visual conforme o plano apresentado, na proa de Ilhéus, coordenando de tempos em tempos minha posição, como era área controlada, na frequência do APP Salvador. Ao me aproximar de Ilhéus, chamei na frequência da Rádio de lá. Entrei no circuito balançando as asas, base, final e pousei, livrei no pátio do aeroclube, ao desembarcar fiquei sabendo que todos me escutavam, que um voo da Gol tinha feito uma espera por causa da minha aproximação, pousou logo após, e que no pátio do terminal do aeroporto haviam montado um grande esquema com bombeiros e ambulâncias, fiquei pelo aeroclube mesmo, onde sanaram a pane do rádio.
No dia seguinte segui pra Porto Seguro, ao
decolar de lá pra Vitória, outra surpresa, a tampa de inspeção do motor perdeu
as borboletas e ficou batendo com muita força, com risco de se soltar e
acontecer algo pior, pousei em uma pista particular na costa da Bahia, sanei o problema
e segui. A última pane foi mais séria, no último dia, última decolagem, de
Macaé, RJ, pra Maricá, ao fazer o cheque do motor no ponto de espera, os
parâmetros mínimos não estavam dentro do padrão, fiz e refiz o cheque várias
vezes, abortei a missão e retornei ao pátio. Terminei a viagem de ônibus, após
a inspeção dos mecânicos do Aeroclube de Maricá, que foram buscar a aeronave
dias depois, uma válvula de admissão havia travado aberta. Fica a dica para o
tamanho da importância dos cheques e da atenção que tem que se dar a eles.
8. Quem te ensinou mais na aviação?
Seria até injusto eu nomear uma pessoa apenas que tenha me ensinado, pois já tive vários professores e instrutores excepcionais, alguns dinossauros como Walkir Barros de Souza, mestre da meteorologia, o Cmte. Douglas Machado, Diretor da White Jets, especialista em Segurança de voo e “famoso” por seus depoimentos nos programas de desastres aéreos no Discovery e NatGeo, assim como Ronaldo Jenkis, Marcus Reis. Todos jurássicos na aviação.
Sobre os instrutores de voo, sempre aprendo muito com cada um, mas acredito que a experiência que mais me fez aprender foi ter sido Coordenador de Operações na extinta TEAM Brasil Linhas Aéreas, no Rio de Janeiro, ali sim convivi com o dia a dia operacional de uma empresa, com as obrigações, principalmente da parte operacional e com os Cmtes. do lugar, dois Brigadeiros e cinco Coronéis da reserva da FAB que me ensinaram demais.
Seria até injusto eu nomear uma pessoa apenas que tenha me ensinado, pois já tive vários professores e instrutores excepcionais, alguns dinossauros como Walkir Barros de Souza, mestre da meteorologia, o Cmte. Douglas Machado, Diretor da White Jets, especialista em Segurança de voo e “famoso” por seus depoimentos nos programas de desastres aéreos no Discovery e NatGeo, assim como Ronaldo Jenkis, Marcus Reis. Todos jurássicos na aviação.
Sobre os instrutores de voo, sempre aprendo muito com cada um, mas acredito que a experiência que mais me fez aprender foi ter sido Coordenador de Operações na extinta TEAM Brasil Linhas Aéreas, no Rio de Janeiro, ali sim convivi com o dia a dia operacional de uma empresa, com as obrigações, principalmente da parte operacional e com os Cmtes. do lugar, dois Brigadeiros e cinco Coronéis da reserva da FAB que me ensinaram demais.
9. Quem foi sua inspiração na aviação?
Sem dúvida, o pai do voo do mais pesado que o ar.
Santos Dumont, inventor não só do avião mas, de vários utensílios que
utilizamos hoje em dia, como o chuveiro e o relógio de pulso. Dou-me a
liberdade de citar um grande cara de hoje em dia, o Cmte. Gerard Moss, com sua
garra e seus trabalhos socioambientais.
10.
Sua rota preferida?
SBGO – SBBR, Goiânia, onde moro,
cidade da minha família paterna, os Vaz Parente, pra Brasília, onde nasci e fui
criado, passando sobre Anápolis, cidade da minha família materna, os Buta.
Autor da imagem do MD-11 Vasp Aero Icarus
Retirada do site Wickmedias
Agradecemos o Pedro Buta por sua entrevista!
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Ficamos honrados com sua leitura.
Na próxima semana 10 perguntas com Diretor da EJ Josué
Andrade.
Em breve Comparação entre computadores de voo.
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